A sigla tem tudo a ver com games on-line, mas o NFT ganha cada vez mais espaço em diferentes setores como um novo formato de ativo digital, como o caso do Neymar, que investiu mais de R$ 6 milhões para ter obras de arte virtuais (vamos assim chamar). Isso mesmo, arquivos totalmente digitais, nada físico para “chamar de seu”.

De onde vem?

O NFT surgiu do termo em inglês non fungible token, que significa “token não fungível”. Ou seja, ele tem valor monetário e pode ser usado para autenticar e rastrear a procedência de uma mídia digital, como arquivos de imagem (JPEGs), arquivos de música, GIFs ou qualquer formato que possa ser guardado em um hard drive. Nada mais é do que transformar arquivos digitais em um bem não-fungível*.

Os NFTs existem desde 2014, mas é agora que tem ganhado espaço, tornando-se um novo meio de compra e venda de obras de arte virtuais. De janeiro a setembro de 2021, o NFT já movimentou US$ 13,2 bilhões. O valor é maior que o Produto Interno Bruto (PIB) do Acre, Amapá e Roraima juntos. Os dados são do site de análises DappRadar.

*Não-Fungível: na economia, são ativos cujas unidades não podem ser trocadas sem alterar o valor

Como ter um?

Estes itens são comprados e vendidos em ambiente virtual e pagos com criptomoedas. Além disso, geralmente são codificados com a tecnologia blockchain (banco de dados público e imutável). 

Para garantir uma “obra de arte virtual” você precisa se cadastrar em uma plataforma de venda e ter uma quantidade de criptomoedas. 

Na prática, o NFT é um certificado digital de propriedade que qualquer pessoa pode ver e atestar a autenticidade e ninguém pode modificar. As pessoas não vão ter acesso ao NFT que você comprou? Vão sim, inclusive podem fazer o downloads e reproduzi-las, mas será apenas uma cópia. 

É como quando você usa a foto da Monalisa em casa, ou na camiseta ou no bloquinho de anotações. A obra não é aquela original de Michelangelo, você sabe disso, mas ainda assim, reproduz.

Como criar e vender?

Se comprar NFTs é fácil, vender é ainda mais simples. Basta entrar em uma plataforma de venda, conectar sua carteira de criptomoedas e subir seu projeto digital, com no máximo 100 MB. Após subir o projeto, é possível também incluir nome e descrição, bem como fazer personalizações.

Como criar NFTs também envolve o uso da blockchain do Ethereum, é necessário pagar a taxa de gás (por isso a necessidade de conectar a carteira). Além disso, as plataformas recebem comissão quando seu NFT é vendido, cerca de 2% a 3% do valor.

Mercado para todos!

Agora que você já entendeu como funciona, pode se aventurar no mundo dos NFTs e garantir sua obra de arte, única e exclusiva, assim como o Neymar que garantiu algumas de uma coleção de NFTs famosa, a Bored Ape Yacht Club (Iate clube do Macaco Entediado, em tradução livre). 

A gente não é especialista em NFTs, mas pode te ajudar no mercado digital, compreendendo o que cada “nova moda” significa e como sua marca pode se relacionar com ela. Em dúvida? Chama a gente.